O
Município de Vouzela realizou, no dia 13 de junho, o seminário “família lugar
de (des)afetos? – práticas e intervenções no âmbito da violência doméstica”,
integrado no Plano Municipal para a Igualdade do concelho de Vouzela.
Este
foi o terceiro seminário promovido pelo município neste âmbito, tendo tido como
principal objetivo sensibilizar os participantes para a problemática da
violência domestica.
Para
a dinamização deste seminário estive presente a Professora Doutora Cláudia
Chaves, da Escola Superior de Saúde de Viseu para abordar o tema da família na
prevenção da violência doméstica, o Capitão Adriano Resende, da Seção de
Investigação Criminal do Comando Territorial da GNR de Viseu, com o tema
“praticas e intervenções da GNR no âmbito da violência doméstica” e a Doutora
Carla Andrade, do Núcleo de Atendimento a Vitimas de Violência Doméstica de
Viseu (NAVVD) para abordar a temática da “intervenção do Núcleo de Atendimento
a Vitimas de Violência Doméstica”.
Na
abertura do seminário, Telmo Antunes, Presidente da Câmara Municipal de
Vouzela, salientou que embora não fosse altura para fazer o balanço da execução
do Plano Municipal para a Igualdade no concelho, “é tempo de dizer que
estávamos no caminho certo quando decidimos colocar a igualdade de género na
agenda do município e do concelho. Até hoje já foram realizadas muitas
iniciativas de grande relevo e que implicaram a participação de muitas centenas
de pessoas de todos os grupos etários”, evidenciou o autarca.
Adriano
Resende, Capitão da Seção de Investigação Criminal do Comando Territorial da
GNR de Viseu, deu enfoque às inovações do Código Penal no que se refere à
violência doméstica, dando conta também do número de queixas apresentadas no
distrito de Viseu. Segundo o responsável, em 2009, foram registadas 737 denúncias,
em 2010, 763, em 2011, 777 e, em 2012, 791 denúncias. No que diz respeito às
denúncias de violência doméstica no concelho de Vouzela, foram registadas, em
2012, 17 participações à GNR e em 2013, até 31 de maio, 8 participações.
Carla
Andrade, representante do NAVVD, realçou que desde 2009 aumentou claramente o
número de vítimas de violência doméstica. “Dizem os especialistas que uma
criança que assista a violência, na sua infância, tem uma grande probabilidade
de se vir a tornar agressor no futuro, por outro lado, uma criança que além de
assistir à violência, também seja vitima dela, terá uma menor probabilidade de
ser agressor no futuro.”
Já
Cláudia Chaves, docente da Escola Superior de Saúde de Viseu, deixou um alerta aos
presentes, “neste momento de crise que estamos a viver, não podemos esperar por
heróis ou salvadores da pátria. Cabe-nos a todos nós lutar contra a violência e
devemos começar pela informação”, concluiu.
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