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sábado, 27 de junho de 2020

CASA DA CALÇADA REABRE COM A MAIOR EXPOSIÇÃO DE FOTOJORNALISMO DO PAÍS



Edifício histórico irá acolher exposição “PÚBLICO, 30 anos de fotografia”, na mesma data em que se assinala a inauguração da obra de requalificação.

A Casa da Calçada – uma das mais importantes casas senhoriais de Viseu, classificada como “imóvel de interesse público” – irá reabrir as suas portas esta sexta-feira, 19 de Junho, uma vez concluídas as obras da sua recuperação e reabilitação.

O evento de inauguração terá lugar pelas 17H30 e será transmitido em direto, através das redes sociais do Município de Viseu e do jornal PÚBLICO, contando com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, do Vereador da Cultura e do Património, Jorge Sobrado, e do Diretor do jornal PÚBLICO, Manuel Carvalho.

A Casa da Calçada é um edifício patrimonial especialmente marcante no coração antigo de Viseu. Situado na Calçada da Vigia, artéria confinante com o adro da Sé, é datado do século XVIII e classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2006. O imóvel é um dos grandes exemplares das casas senhoriais de Viseu, com características típicas da arquitetura civil setecentista e uma fachada especialmente imponente.  A sua reabilitação teve início no final do ano de 2014 e representa um investimento que ascende a meio milhão de euros.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, “esta reabertura tem um grande significado para Viseu. É um património do centro histórico que é devolvido à comunidade e um exemplo de uma filosofia de intervenção do lado da reabilitação e não da reconstrução. A identidade arquitetónica e histórica do edifício está intacta.”  

A inauguração é assinalada com o acolhimento daquela que é a mais importante exposição de fotojornalismo em Portugal, em 2020, ano em que Viseu se elege como território e destino de fotografia e cinema.

Intitulada “PÚBLICO, 30 anos de fotografia”, a exposição revisita três décadas de trabalho de um dos meios de comunicação social mais marcantes sobre o Portugal pós-25 de Abril, apresentando imagens de alguns dos melhores fotojornalistas portugueses. A sua estreia nacional e residência em Viseu, até 21 de Setembro, conta com o patrocínio da VISEU MARCA e MOVECHO.

Ali, os comissários da exposição – Lara Jacinto, José Soudo e Luís Filipe Catarino – apresentam uma seleção de 60 imagens, a partir de mais de 4 mil, com alguns dos acontecimentos mais marcantes dos últimos 30 anos, registados pela lente de fotógrafos que fizeram a história do jornal e do país, como Alfredo Cunha, Manuel Roberto, Paulo Ricca, Enric Vives-Rubio, Adriano Miranda ou Carla Carvalho Tomás, entre muitos outros.

Para Manuel Carvalho, Diretor do PÚBLICO, esta exposição “é uma forma de retratar a visão particular que o Público e os seus fotojornalistas captaram da evolução do país nos últimos 30 anos. Uma visão inspirada e motivada pela cobertura da actualidade que, como jornal, procuramos garantir todos os dias, mas também muito marcada por uma forma de ler e captar o mundo muito singular: a visão dos nossos fotojornalistas que, com o passar dos anos, criaram uma escola de fotografia única no país.”.

“Esta exposição marca com um selo de qualidade o ano dedicado à arte e à cultura da fotografia em Viseu. É uma viagem pela história do país, mas também ao poder da imagem na construção de uma identidade social e de uma memória coletiva”, considera por sua vez o Vereador da Cultura e diretor da VISEU MARCA, Jorge Sobrado.  

Na inauguração, e antes de uma visita guiada à exposição, terá lugar uma conversa sobre o tema “Pode uma boa imagem salvar-nos?”, em torno do papel do fotojornalismo no mundo de hoje, com a participação de Manuel Roberto e Miguel Manso, editores de fotografia do PÚBLICO, Alfredo Cunha e Luís Vasconcelos, primeiros editores de fotografia do jornal, Fátima Lopes Cardoso, investigadora, e Nuno André Ferreira, fotojornalista e Embaixador de Viseu para a Fotografia, com a moderação de David Pontes, subdiretor do PÚBLICO.

O público poderá visitar esta exposição a partir do próximo sábado, sem necessidade de marcação prévia. Entre as terças e sextas-feiras, das 14H00 às 18H00; sábados e domingos, entre as 10H00 e as 13H00, e as 14H00 e as 18H00. 

A Casa da Calçada irá, ainda, acolher, num futuro próximo, um equipamento cultural dedicado ao espólio da família Keil do Amaral e, simultaneamente, à história da arte em Portugal, reunindo várias gerações de artistas entre os séculos XVIII e XXI.

sábado, 13 de junho de 2020

VISEU MARCA ASSOCIA-SE À IMAGOTECA DA CIDADE E CONTRIBUI COM ACERVO HISTÓRICO

A VISEU MARCA associou-se hoje, 19 de Maio, ao projeto da Imagoteca do Museu de História da Cidade de Viseu, lançado no Dia Internacional dos Museus, cedendo o acervo digital de 72 cartazes antigos da Feira de São Mateus e de um banco de mais de 250 imagens antigas da cidade e do certame.

Uma coleção de postais de 1995 com imagens dos cartazes antigos do certame e publicações de eventos que integravam a Feira na década de 80 foram outros dos materiais cedidos, neste caso para digitalização.



Hoje mesmo o Vereador da Cultura e Turismo do Município de Viseu e gestor da Feira de São Mateus, Jorge Sobrado, e a Presidente da Direção da VISEU MARCA, Cristina Paula Gomes, assinalaram esta incorporação, num ato simbólico no Museu de História da Cidade.

Para Jorge Sobrado, "gestos como este permitem recuperar e preencher o puzzle da memória visual de Viseu. 

O património de imagem da Feira de São Mateus é especialmente valioso nesse puzzle e é parte insubstituível do imaginário da cidade e da sua marca.

Hoje demos mais um passo no sentido de os preservar e estudar, mas também de os valorizar nos planos patrimonial, turístico, criativo e promocional."

A Presidente da VISEU MARCA destaca este contributo da Associação como “um contributo marcante para a construção da memória coletiva”. 

Para Cristina Paula Gomes “a VISEU MARCA e a Feira de São Mateus não poderiam faltar a esta chamada tão marcante para a história da cidade e de todos nós. Prosseguiremos neste caminho”.


O acervo das revistas da Feira de São Mateus, com o programa do certame, será também brevemente entregue para digitalização e arquivo na Imagoteca Municipal de Viseu.

Feira de São Mateus salta sobre 2020 e regressará em 2021 para a melhor edição de sempre

Viseu prepara “Plano B”, com imaginários do certame, numa mescla de eventos para a retoma económica, cultural e turística da cidade e região.

“A Feira de São Mateus de 2020 não se realizará. É uma decisão muito difícil, mas inevitável, considerando a proibição decidida pelo Governo de cancelamento de todos os festivais e eventos análogos até 30 de Setembro”, anunciou o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques.

“Compreendemos as razões da decisão do Governo. Lamentamos apenas não termos sido ouvidos. A Feira de São Mateus é o terceiro maior evento do país e o maior evento da região Centro de Portugal. Atrai desde 2016 mais de um milhão de visitantes e gera um volume de negócios superior a 80 milhões de euros”, lembrou o Presidente da Câmara.

Neste contexto, a cidade está já a preparar um “plano B” de animação para o verão deste ano, que estimule a retoma da atividade económica, cultural e turística.

“Viseu não atira a toalha ao chão. Quer continuar a ser um polo de qualidade de vida. A dinamização da restauração, hotelaria e pequeno comércio são decisivos para o ecossistema local e o emprego”, explicou Almeida Henriques. “O nosso centro histórico e os nossos parques são uma força neste contexto”.

O Presidente da Câmara avançou ainda que, muito brevemente, será apresentado o plano “VISEU INVESTE +”, com um pacote de medidas de reanimação económica local. Nesse plano estará o projeto de digitalização do comércio local e de eventos e negócios como a própria Feira de São Mateus.

As decisões resultam de uma auscultação ontem realizada aos principais parceiros e patrocinadores da Feira de São Mateus e da VISEU MARCA, onde marcaram presença marcas como o Banco SANTANDER, a ALTICE Portugal e a SUMOL+COMPAL.

“Há uma forte convergência de posições entre parceiros institucionais e patrocinadores. Contamos felizmente com uma rede de solidariedades muito consistente em torno de Viseu e da Feira de São Mateus. A confiança é um ativo muito poderoso no contexto presente”, assinalou Luís Abrantes, Presidente da Assembleia Geral.

“Fazer uma Feira de São Mateus amputada ou descaracterizada não seria opção”, afirmou por sua vez o gestor do certame e Vereador da Cultura, Jorge Sobrado. “Respeitamos a sua identidade e a reputação que alcançámos. Optámos por uma estratégia ‘Ferrero Rocher’: regressaremos na próxima época para voltar a surpreender. 2021 será a melhor edição de sempre”, sublinhou.

Para já, Município e VISEU MARCA preparam, com os principais parceiros patrocinadores da Feira, uma alternativa para o verão, onde caberá um cabaz de experiências e memórias da Feira de São Mateus. Será também uma oportunidade para a retoma de atividade de muitos dos 300 expositores do certame.

“Não vamos deixar para trás quem nos ajuda a fazer da Feira o que ela é”, sublinhou Jorge Sobrado. “Os nossos parceiros são para todas as horas”.

“Num evento com mais de 600 anos, o baú é inesgotável. A Feira não é um festival de plástico ou de pronto-a-vestir”, explicou Jorge Sobrado.

“Estamos a construir uma alternativa ‘safe & sexy’. Será uma programação sensata, com mais de 100 micro-eventos ao longo do Verão, polinucleados na cidade, onde não faltarão imaginários da Feira, mas também de outros festivais e eventos de Viseu cancelados por efeito da pandemia”, informou.

A Presidente da VISEU MARCA, Cristina Paula Gomes, realçou ainda que “Este é um momento difícil, onde precisamos de comprovar a nossa resiliência. A VISEU MARCA é uma estrutura sólida e é um ativo indispensável ao marketing territorial de toda a região. Não deixará de reinventar o seu papel nesse contexto.”

Para este “plano B”, o Município de Viseu dará especial relevo à participação do ecossistema cultural, criativo e económico local e regional.