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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Linha municipal VISEU AJUDA apoiou 805 famílias do concelho, durante 100 dias

Concluída a sua 1ª fase, linha é estendida até ao final do ano e integrada numa estrutura de projeto na Divisão de Ação Social

1449 ocorrências registadas e 805 famílias apoiadas, de 23 freguesias do concelho, nos últimos 100 dias. São estes os principais números que resultam da 1ª fase de implementação do programa e linha municipal de emergência social VISEU AJUDA, que hoje chega ao fim.

A linha VISEU AJUDA, criada por Despacho do Presidente da Câmara Municipal, em virtude da crise económica e social gerada pela pandemia COVID-19, esteve em funcionamento durante um pouco mais de três meses, desde o dia 23 de março, prestando apoio 7 dias por semana, entre as 9 e as 20 horas, a pessoas e famílias residentes no concelho, em situação de carência, isolamento ou outra de emergência social.

“Em boa hora colocámos em marcha este serviço de apoio extraordinário à nossa comunidade, que permitiu uma resposta concertada, rápida e solidária, face às necessidades vividas por muitas famílias e por muitos imigrantes neste período crítico da pandemia COVID-19”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, na sessão de balanço do projeto, que decorreu hoje, dia 30 de junho, na Mata do Fontelo.

Disponibilizar uma resposta imediata para um conjunto de bens e serviços básicos, urgentes e inadiáveis, nomeadamente de aquisição e/ou entrega de refeições, de medicamentos e de compras de supermercado ao domicílio (alimentares e outras essenciais), assim como assegurar reparações domésticas urgentes e o agendamento de recolha de resíduos ao domicílio de pessoas infetadas pelo novo coronavírus foram objetivos traçados e tipologias de apoio colocadas à disposição da comunidade. 

Constituída por uma equipa multidisciplinar que envolveu 104 pessoas – entre as quais, 43 voluntários –, a linha VISEU AJUDA atendeu um total de 2737 chamadas, com vista a dar resposta, em articulação com as Juntas de Freguesias e a Segurança Social, às situações de emergência. O meio de contacto privilegiado foi o número de telefone gratuito.

Ao longo deste período, foram registadas um total de 1449 ocorrências, das quais 78% (1126) tiveram “luz verde”, tendo justificado apoio social.

O acesso à linha revelou-se mais acentuado no período compreendido entre 13 de abril e 14 de maio, no qual se registou um total de 785 ocorrências.

Neste universo de ocorrências, é de salientar os pedidos de apoio reincidentes das famílias, que demonstraram necessidade em recorrer à linha mais do que uma vez. Apesar de metade das famílias ter apenas registado uma ocorrência, 228 recorram à linha duas vezes e 62 três vezes. Neste âmbito, foram definidas visitas às habitações, especialmente após a 3ª ocorrência proveniente do mesmo agregado, por forma a acompanhar e a permitir uma melhor caracterização das carências económicas e sociais das famílias. Globalmente, foram realizadas 112 visitas domiciliárias.

Este tipo de intervenção permitiu sinalizar outras necessidades para lá daquelas prestadas pelo VISEU AJUDA, tendo-se por isso revelado fundamental na sinalização de casos de apoio prioritário e contínuo junto da Segurança Social. Das 805 famílias apoiadas, 385 foram indicadas pela equipa como sendo agregados com necessidade de uma resposta prioritária do Estado, das quais, por sua vez, 110 justificaram a resposta de um programa de apoio da Segurança Social.

“A importância da linha VISEU AJUDA excede os apoios sociais atribuídos diretamente e os méritos de agilidade em tempos de crise que demonstrou. A existência desta linha permitiu melhorar o conhecimento social do concelho e sinalizar à Segurança Social centenas de famílias em situação de vulnerabilidade, não cobertas pelos instrumentos de proteção social do Estado. Em 100 dias, pelo menos 110 passaram a beneficiar de um apoio estruturado que não tinham. E haverá dezenas de casos a aguardar análise”, declarou Jorge Sobrado, Vereador do Município com a responsabilidade de coordenação da primeira fase do projeto.

Ainda numa análise às famílias apoiadas, verificou-se que 376 têm crianças menores de idade, constituindo-se como agregados com maior vulnerabilidade, assim como as famílias com seniores, que representam 140 casos (20%).

Por outro lado, é também de sinalizar que 33% das famílias beneficiárias são de nacionalidade brasileira, uma comunidade que tem vindo a ganhar uma forte expressão no concelho e cuja situação de mudança de residência e procura de emprego se tornou particularmente difícil neste período de pandemia.

Olhando a componente geográfica, apenas três das 25 Freguesias do concelho - Côta, Cavernães e Santos-Êvos – não registaram qualquer tipo de acesso à linha VISEU AJUDA. Já as Freguesias de Viseu, Abraveses e Rio de Loba lideram o topo dos territórios com mais situações de emergência social.

De entre os cinco serviços prestados pelo programa municipal, as compras de supermercado representam cerca de 84% dos pedidos de apoio realizados, seguindo-se as compras de medicamentos, em cerca de 14%, e o fornecimento de refeições, em 2%, valores que expressam a dificuldade de acesso a bens essenciais numa altura crítica da pandemia. Só estes apoios representaram um investimento de 107.500 euros. 

A implementação do projeto VISEU AJUDA permitiu constatar uma certeza há muito conhecida e defendida pelo Presidente da Câmara Municipal: a descentralização da área social, passando esta a constituir uma competência dos municípios. “Há uma evidente necessidade de reforma e modernização do sistema da Segurança Social, tornando-o mais próximo, mais ágil e mais integrado com as autarquias locais – municípios e freguesias”, sublinhou António Almeida Henriques.

A partir de amanhã, 1 de julho, e integrada no programa municipal “VISEU INVESTE +”, a linha e programa VISEU AJUDA continuará em funcionamento – até ao final deste ano -, passando a integrar uma estrutura de projeto dentro da Divisão de Ação Social do Município, sob a coordenação da Vereadora com o pelouro da Ação Social, Cristina Brasete.


“A experiência dos últimos cem dias dá-nos uma visão mais clara sobre o que há a fazer no plano social local e sobre o que poderá ser o agravamento dos efeitos sociais da crise”, sublinhou a Vereadora.

Este verão, de julho a setembro, o Centro Histórico de Viseu é sem carros

“Verão no Centro Histórico? É sem carros!” é o mote da iniciativa que decorre até ao final de setembro e visa promover o conforto e segurança dos que vivem e visitam o coração antigo da cidade

Em 2020, o Município de Viseu renova o convite a viseenses, visitantes e turistas para usufruírem do Centro Histórico em toda a sua plenitude e segurança, sem carros.

A medida foi anunciada pelo Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, esta passada segunda-feira, e é lançada na rua já esta sexta-feira, dia 3 de julho, sob o mote “Verão no Centro Histórico? É sem carros!”.

Com o encerramento ao trânsito, a iniciativa visa desincentivar o uso do automóvel na zona antiga da cidade, à semelhança do que já foi feito em anos anteriores, no mesmo período temporal, promovendo um Centro Histórico com qualidade de vida e usufruto por todos, “amigo” do ambiente, ao oferecer uma circulação segura e confortável para os que aqui residem ou visitam, em consequência do fecho de praças e ruas.

“Sem carros, num ambiente com qualidade, com menos ruído automóvel e em segurança, será possível viver este verão com qualidade no nosso Centro Histórico, nas suas praças e ruas emblemáticas. A programação da iniciativa CUBO MÁGICO trará também inúmeras possibilidades de visita e experiências para todos, de forma descentralizada e em micro-escala, contribuindo para a retoma económica local e de reanimação cultural e turística de Viseu”, destaca o Presidente da Câmara. “Não posso deixar de apelar ao sentido de responsabilidade cívica de todos neste contexto de pandemia que vivemos, reforçando a importância do cumprimento das normas e recomendações que nos são impostas pela Direção-Geral de Saúde”, sublinhou.

Em vigor a partir de sexta-feira, e até ao final do mês de setembro, os cortes de trânsito dividem-se em dois períodos. Na sua maioria, entre 21 de julho e 21 de setembro, o encerramento será realizado todos os dias, entre as 16 e as 02 horas. Em menores períodos de tempo, nomeadamente entre 3 e 20 de julho e 22 e 30 de setembro, a interdição centra-se nos fins-de-semana: às sextas-feiras e sábados, entre as 16 e as 02 horas, e aos domingos, entre as 16 e as 24 horas.

Os cortes de trânsito serão realizados e acompanhados pela Polícia Municipal, contemplando os principais acessos ao Centro Histórico, nomeadamente no início da Rua dos Combatentes da Grande Guerra e no entroncamento da Travessa da Misericórdia com o Adro da Sé, mantendo-se a circulação pela Calçada da Vigia. Consequentemente, será autorizado, excecionalmente, o acesso a moradores da Rua Chão do Mestre e clientes do Hotel Palácio dos Melos pela Porta do Soar, em sentido inverso.

Nos horários de culto e cerimónias religiosas, a ter lugar na Sé de Viseu ou na Igreja da Misericórdia, o acesso ao Adro da Sé será permitido, excecionalmente, nestes períodos, pela Travessa da Misericórdia.

Em alternativa, viseenses, visitantes e turistas são convidados a usufruir dos lugares e parques de estacionamento gratuitos ou low-cost. À disposição, estão ainda as linhas urbanas C1 e C2 do MUV, para já em horário mais reduzido no contexto da pandemia COVID-19. O uso de meios de transporte alternativos, como a bicicleta, são bem-vindos.

Chamada aberta para a Sementeira 2020!

A Sementeira, iniciativa multidisciplinar que todos os anos acolhe a criatividade e produção cultural em todas as suas vertentes, regressa para a sua edição número oito. A chamada para artistas e projetos está aberta até dia 10 de agosto.

Após a sétima edição se ter realizado no Cinema Ícaro, a Sementeira, que normalmente ocorria de forma contígua aos Jardins Efémeros, regressa nesta edição ao local original, na Rua das Ameias, em Viseu, de 4 a 6 de setembro.

A Sementeira é um espaço para apresentação de projectos, criações e arte, sem um processo de curadoria restritiva. A organização medeia a relação entre as obras e os espaços, criando condições propícias à fruição livre de quem os venha a frequentar.

Tem acolhido, ao longo das várias edições, exposições, recitais, performance, tertúlias, workshops, concertos entre outras formas de expressão artística, como o cinema na última edição.

Apesar das possíveis limitações contextuais, a Sementeira está em andamento, pois entendemos que a cidadania, também expressa através da arte, não se confina!

Atendendo às restrições que 2020 nos trouxe, haverá em todos os momentos cuidado no cumprimento das normas da DGS para contenção da Covid-19.



quarta-feira, 15 de julho de 2020

VOTAÇÃO ABERTA PARA ELEGER FEIRA DE SÃO MATEUS ÀS "7 MARAVILHAS"

Fase de votação do público às “7 Maravilhas da Cultura Popular” decorre até dia 23 de julho. A Feira de São Mateus é finalista regional e aspira a um lugar nas meias-finais, com votação através do número 760 207 796.

Depois de ser reconhecida como “Finalista Regional” da iniciativa “7 Maravilhas da Cultura Popular”, a Feira de São Mateus, em Viseu, passa agora à próxima fase de votação pública.

A Guardiã das Feiras Populares do país concorre na categoria de “Festas e Feiras”, apelando ao voto de todos os amigos e visitantes do certame, através do número 760 207 796. A chamada tem valor acrescentado de 0,60€ + IVA.

As votações terminam no dia 23 de julho, quando será transmitido o programa regional de Viseu, integrado nas 20 emissões realizados no âmbito deste concurso (18 distritais e dois nas Regiões Autónomas).

No distrito de Viseu, e para além da Feira de São Mateus, são seis os patrimónios candidatos às “7 Maravilhas”: A Última Rota da Transumância de Castro Daire, os Bordados de Tibaldinho, o Canto a 3 Vozes de Manhouce, as Cavalhadas de Vildemoinhos, as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios e a Louça Preta de Molelos.

Destes sete ícones finalistas de Viseu, será eleito apenas um vencedor no programa de dia 23 de julho, o qual irá prosseguir até às meias-finais desta iniciativa, em final do mês de agosto, a par dos restantes 19 pré-finalistas das restantes regiões de Portugal.

Em agosto, haverá, ainda, lugar para uma “Repescagem” de entre cinco a oito patrimónios não apurados nesta fase de votação pública que agora decorre.

Esta é a nona edição do concurso “7 Maravilhas de Portugal”, que se realiza desde 2007 para promover e valorizar o património material e imaterial do nosso país, assumindo-se como um poderoso ícone de marketing e comunicação dentro e fora de Portugal.