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domingo, 10 de março de 2019

COMEMORAÇÕES DO 70.º ANIVERSÁRIO DA ATRIBUIÇÃO PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA A EGAS MONIZ EM ALCOFRA - RAIZES MATERNAS

Um grupo de Alcofrenses, em parceria com a Câmara Municipal de Vouzela, Junta de Freguesia e Casa do Povo de Alcofra, decidiram realizar um conjunto de iniciativas que pretendem evocar, no 70.º aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Medicina a Egas Moniz, a sua íntima ligação a Alcofra e à região.

Em 13 de dezembro de 1953, após homenagem pública a sua mãe, D. Maria do Rosário de Almeida e Sousa Abreu, Egas Moniz enviou um telegrama dirigido à Junta de Freguesia de Alcofra, com o seguinte teor “Alcofra venera e recorda hoje nome minha santa mãe. Profundamente grato peço honra de me considerarem Alcofrense”.

Em reunião extraordinária da Junta da Freguesia, para o efeito convocada em 17 desse mesmo mês, foi proclamado “Cidadão Alcofrense”. Ao longo da vida, Egas Moniz, nunca escondeu as suas raízes “caramulanas”, tendo efetuado, com regularidade, visitas à freguesia e à região, existindo livros autografados com dedicatória á biblioteca escolar, com data de 1954.

D. Maria do Rosário de Almeida e Sousa Abreu nasceu em Vilarinho do Bairro, Anadia, em casa dos avós maternos, pois estes encontravam-se com saúde debilitada, mas viveu e cresceu em Alcofra, filha de Rafael Henriques de Almeida e Sousa (o Rafael da Quinta do Carril) e de Joana Pereira da Conceição; seu pai, Rafael, foi um destemido guerrilheiro da guerra da Patuleia, comandante de da 7.ª companhia do Batalhão Móvel da Beira Alta, às ordens da Junta Provisória do Governo Supremo do Reino.

É uma figura mítica da história local e regional, tendo sido consistentemente referido em publicações locais e regionais, bem como em “notas biográficas” e no livro “A Nossa Casa” da autoria de Egas Moniz. Permanece enraizada no imaginário coletivo da nossa comunidade a mítica fuga de Rafael Henriques de Almeida e Sousa, logo após a vitória das forças governamentais, ao cerco que estas montaram à “Quinta do Carril”, onde habitava.

Do programa das iniciativas supras mencionadas, a realizar em 2019, está prevista a realização de uma sessão solene, uma exposição evocativa, a realização de jornadas científicas, a realização de jornadas da juventude e a recriação história da fuga do avô de Egas Moniz, o “Rafael da Quinta do Carril”.

O coordenador da comissão executiva, Jorge Cid, apela à participação de todos os Alcofrenses na concretização destas iniciativas, referindo que “esta é uma oportunidade para perpetuar na memória coletiva a figura ímpar do nosso primeiro Prémio Nobel e a sua  ligação afetiva à nossa região e às pessoas de Alcofra, para muitos ainda desconhecida”.

O programa está a ser ultimado, sendo oportunamente divulgadas as datas dos eventos.

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