Finalizamos a campanha eleitoral na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, conhecendo os obstáculos sentidos pela Associação de Estudantes no que concerne ao incentivo e apoio das escolas superiores do Interior.
São muitos os entraves apontados pela Associação de Estudantes e que são sentidos pelos alunos e alunas. São demasiadas/os aqueles que após entrada em Lamego pedem transferência para Viseu pela falta de serviços, transportes e apoio à habitação na zona.
Nesta Escola do Instituto Politécnico de Viseu não existe nem está prevista oficialmente qualquer residência universitária ou qualquer apoio à habitação, apesar do constante aumento de rendas - muitas sem contrato - e das contas fixas mensais. A acessibilidade a alunas/os com mobilidade reduzida é remendada por uma entrada traseira, com solo inconstante, e apoio das/os funcionárias/os. Não há qualquer possibilidade de apoio psicológico ou médico, mesmo quando existem alunas/os inscritas/os com condições médicas exigentes de apoio especializado. São raros os espaços dedicados às/aos estudantes e à realização de atividades educativas, como os trabalhos de grupo ou para estudar. A sala dedicada à Associação de Estudantes não é suficiente para a realização das atividades e armazenamento de material, principalmente quando as três tunas da escola dependem deste espaço para ensaiar.
O Bloco de Esquerda apresenta propostas concretas para o ensino superior e em específico para as zonas menos habitadas e com maior dificuldade de fixar estudantes. Além da redução faseada do valor máximo da propina e com vista à total gratuitidade do ensino, queremos atingir 3% do PIB em investimento na ciência e educação. Queremos a valorização do Ensino Superior Politécnico com o aprofundamento do seu financiamento, mecanismos de ação social e reforço da sua capacidade científica de investigação. Lutamos pelo alargamento da rede de residências universitárias e a reformulação dos cálculos de aquisição de bolsas. Defendemos a adequação dos cursos às localidades, promovendo o desenvolvimento regional, e neste caso defendemos a não repetição de cursos dentro do mesmo Instituto Universitário, como acontece com Engenharia Informática, evitando o escoamento de alunas/os para as zonas mais centrais, como Viseu.
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